3.3 – Importância

A literatura contemporânea chama de ativos intangíveis os bens abstratos que compõem quanto aos aspectos técnicos e institucionais que, em sua totalidade, são produzidos pelas pessoas a elas vinculadas. Corroborando a informação, Hagel (2009, p. 9) afirma que “ativos intangíveis incluem habilidades institucionais, propriedade intelectual, marcas, redes e reputação, que cada vez mais determinam o lucro da empresa por funcionário e, portanto, seu lucro total e capitalização no mercado”. Esses ativos intangíveis são elementos de natureza corporativa cuja concretização depende do poder criador inerente à pessoa humana. Assim sendo, tem-se a pessoa como núcleo central de uma organização. Seja ela, de que natureza for.

Esta é a perspectiva para a qual este estudo se guia. Defender a importância da formação de equipes alinhadas à cultura organizacional, como meio de se realizar a missão da organização. Para tanto, toma-se a pessoa como núcleo central do processo criacional de uma empresa e, como efeito, a formação de equipes alinhadas à cultura organizacional, pode elevar, não só o lucro financeiro, mas também, aumentar o valor do seu capital no mercado e na sociedade.

Paralelamente ver-se como relevante, a necessidade de realizar um estudo de cunho científico com possibilidade de repercussão, não apenas no âmbito organizacional, mas também no social, porquanto realizou-se mapeamento de importantes obras a fim de demonstrar a influência recíproca de um sobre o outro. Nessa perspectiva dialética objetiva-se apresentar como os efeitos desta relação podem determinar, através do equilíbrio das forças envolvidas, o ganho para a empresa, para a pessoa que personifica o empregado e para a sociedade. De um modo geral, o estudo busca fundamentar-se no vasto conjunto teórico produzido pelos estudiosos do assunto na atualidade.

Nesse sentido, Barbosa (2002), como representante de um segmento antropológico-social, defende que a administração científica esteja se abstendo do seu papel de criticar os eventuais efeitos e consequências que os modelos contemporâneos de administração têm produzido para a sociedade como um todo. Para a autora, ao deixar de considerar aspectos de natureza social no contexto das organizações empresariais, perde-se muito em teor político e, como consequência, de criticidade em relação às circunstâncias do sistema capitalista, que visa a, sobretudo, novas formas de reprodução do capital.

Nessa linha de entendimento, formar e desenvolver equipes pede mais do que conhecimento, formar e desenvolver equipes pede mais do que conhecimento de técnicas comportamentais e gerenciais. Pede que seja considerada, nessa perspectiva, a valorização do homem enquanto pessoa. Valorização esta, intimamente relacionada com o respeito à pessoa humana e com a valorização do homem enquanto força criativo-produtiva. O homem é um ser orgânico, dotado de emoções e, como tal, necessita de fontes diversificadas de estímulo que o ajudem a tirar de si, a própria motivação.

Investir no bem-estar do homem enquanto trabalhador é integrá-lo ao grupo e à empresa, e investir na empresa, é aumentar sua capacidade de dar respostas novas às necessidades da sociedade. É neste ponto que reside efetivamente a importância de se formar equipes alinhadas à cultura da organização. De acordo com Moscovici (2007, p. 17) “[…] as empresas baseadas em equipes evitam condições opressivas de trabalho e as substituem por processos e políticas que estimulem as pessoas a trabalharem efetivamente para objetivos comuns”. Donde se conclui que desenvolver equipes é primordial para a organização que se pretenda relevante no mercado.

A importância, para as empresas, de desenvolver equipes, impacta, de um lado, na performance individual e grupal do empregado, gerando satisfação e produtividade, e de outro, o retorno para a empresa na forma de fortalecimento no mercado de sua marca junto à sociedade e a consequente valorização do seu produto no mercado. Ainda com o amparo de Moscovici (2007, p. 23), tem-se que “o desenvolvimento de equipe pode ser concebido como uma transformação qualitativa do todo”. Isso significa, para o presente estudo, que a formação de equipes se solidifica como a base segundo a qual deveriam se estabelecer todas as questões vinculadas à expansão do negócio e à imagem da empresa junto à sociedade.

A formação de equipes é um movimento progressivo e constante que tem como marco referencial o respeito à pessoa humana; passa pela capacitação para o trabalho e encontra seu ápice na união dessas duas perspectivas que, por sua vez, ressignificam o homem no processo de autodesenvolvimento. Nesse sentido, pode-se estabelecer o foco da pessoa como condição de possibilidade para o surgimento de equipes autônomas, capazes de autogerir-se. Disto decorre que é possível formar equipes alinhadas à cultura e aos valores organizacionais a partir da criação de condições mínimas.

Necessário é, portanto, esforço da organização por realizar de forma coerente e consciente, o trabalho de criação dessas condições mínimas, seja ela de que tamanho for. Considere-se para tanto, que obter o engajamento das pessoas envolvidas está intimamente relacionado ao grau de confiança existente entre elas, a empresa e aos objetivos estabelecidos. A importância de formar equipes está em envolver pessoas aos projetos organizacionais; é construir a identidade organizacional de forma conjunta.

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